É que achei bem interessante esse movimento (por que será não?) que descobri existir, assistindo à Ópera-café, na Casa de Cultura Judaica.
Verismo, verum, verdade.
O verismo é uma corrente literária italiana surgida no final do século 19 a partir das obras de escritores e poetas italianos baseada num conjunto de fundamentos realistas. Nasceu sob influência do positivismo e seus princípios de fé na razão e na ciência, no método experimental e nos instrumentos infalíveis da pesquisa. Tornou-se um estilo de ópera italiana. Este destaca-se pelo realismo, por vezes até sórdido e violento, das descrições da vida cotidiana, especialmente das classes sociais mais baixas, rejeitando os assuntos históricos, míticos e grandiosos do Romantismo. Há quem considere que a ópera precursora do Verismo foi Carmen, de Georges Bizet (1875).
No entanto, a ópera que assisti, surgida desse movimento, foi Tosca, de Giacomo Puccini, cuja história se passa em Roma, em 1800. Em meio à Revolução Francesa, amores, desejos e intrigas culminam na tragédia.
Na Casa de Cultura Judaica, a proposta de apresentação é bem diferente, pois a ópera não se passa no palco, distante dos espectadores, mas sim em meio a eles, na cafeteria. É como se fizéssemos parte do espetáculo, pois os artistas correm em meio ao público. O diretor musical faz a narração do espetáculo antes dos atos e vai antecipando a história, principalmente porque é difícil entender o texto através do canto. Basta então apreciá-lo, junto à música e a interpretação.
Estou gostando muito de assistir a essas óperas neste formato. Já assisti Dom Giovanni, de Mozart, Dido e Aeneas, de Purcell e agora Tosca. Surpreendi-me com os artistas, maravilhosos. Que vozes ao meu lado! Pretendo não perder as próximas.
Abaixo um trecho da ópera Tosca que garimpei no you tube, com a famosa Maria Callas:
Esta parte foi muito emocionante, posso dizer mesmo, o ponto forte, em que os meus olhos, poderosos guardiões do espírito, se curvaram às águas, tanta a beleza.